Naturopatia

“A Naturopatia é a ciência, arte e a filosofia do tratamento da doença que tem por objectivo trazer a saúde ao homem, através do recurso aos meios naturais”

A OMS considera a Naturopatia como sendo uma Medicina Tradicional.

A origem da Naturopatia se deu com um movimento de “ volta à natureza “ no século XIX. Reagindo contra as práticas médicas da época, a doença, a sujidade e a degradação causadas pela “ Revolução Industrial “, os fundadores europeus da Naturopatia, defendiam a exposição ao sol, água e ar, como a melhor terapia contra todos os males.

A Naturopatia não é apenas uma terapia, mas sim, uma filosofia de vida. Este sistema baseia-se no facto de que o corpo pode curar a si mesmo, quando livre de toxinas que se acumulam devido aos maus hábitos adquiridos durante a vida. Estimulando as defesas naturais do corpo, a Naturopatia alcança o equilíbrio e a harmonia. Hoje em dia, a Naturopatia é muito usada contra uma série de problemas agudos e crónicos. As recomendações para os tratamentos podem incluir algumas práticas isoladas ou combinadas entre si, como:

Dieta de desintoxicação: jejuns ou ingestão de grande quantidade de água e/ou líquidos para purificar o corpo.

Trofologia: conselhos sobre alimentação adequada às necessidades do nosso corpo para cultivar e restabelecer a saúde. Por exemplo a alimentação vegetariana ou a eliminação de certas categorias de alimentos, a combinação de alimentos, ou conforme o grupo sanguíneo, etc.

Suplementos Alimentares: vitaminas, minerais, enzimas, aminoácidos, (para aumentar a resistência).

Fitoterapia: utilização de plantas, flores, ervas e árvores para tratar e prevenir a má saúde física mental e emocional.

Homeopatia: preparações contendo substâncias extremamente diluídas oriundas de diferentes ervas, minerais, animais ou químicos. Com o conceito de que o semelhante cura o semelhante e desenvolvido por Samuel Hahnemann por volta de 1800.

Massagem: por exemplo Shiatsu, massagem Ayurvédica, Quiromassagem, etc.

Redução do stress: Hipnoterapia, Meditação,
técnicas de respiração.

Hidroterapia: uso da água para estimular a circulação e aumentar a energia.

Exercício físico: sugestões conforme problema, características físicas e grupo sanguíneo.

Florais: são essências de plantas e flores que ajudam a equilibrar determinados estados emocionais.

Aromaterapia: tratamento utilizando óleos essências por inalação, massagem, banhos e compressas.

MEDICINA NATURAL

MEDICINA NATURAL

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

PARAR DE FUMAR


PULMÃO DE FUMADOR - PULMÃO DE NÃO FUMADOR

Alguns dados do INCA - Instituto Nacional de Câncer - Brasil

1) Por que cigarros, charutos, cachimbo, fumo de rolo e rapé fazem mal à saúde? Todos esses derivados do tabaco, que podem ser usados nas formas de inalação (cigarro, charuto, cachimbo, cigarro de palha), aspiração (rapé) e mastigação (fumo-de-rolo), são nocivos à saúde. No período de consumo destes produtos são introduzidas no organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo nicotina (responsável pela dependência química), monóxido de carbono (o mesmo gás venenoso que sai dos escapes dos automóveis) e alcatrão, que é constituído por aproximadamente 48 substâncias pré-cancerígenas, como agrotóxicos e substâncias radioactivas (que causam câncer).
2) Quais os derivados do tabaco mais agressivos à saúde e como agem?A fumaça do cigarro possui uma fase gasosa e uma de partículas. A fase gasosa é composta por monóxido de carbono, amónia, acetonas, formaldeído, acetaldeído e acroleína, entre outras substâncias. Algumas produzem irritação nos olhos, nariz, garganta e levam à paralisia dos movimentos dos cílios dos brônquios. A fase partículas contém nicotina e alcatrão, que concentra 48 substâncias cancerígenas, entre elas arsénico, níquel, benzopireno, cádmio, chumbo, além de resíduos de agrotóxicos aplicados nos produtos agrícolas e substâncias radioactivas.
3)Como o cigarro actua quimicamente no organismo? A fumaça do tabaco, durante a tragada, é inalada para os pulmões, distribuindo-se para o sistema circulatório e chegando rapidamente ao cérebro, entre 7 e 9 segundos. Além disso, o fluxo sanguíneo capilar pulmonar é rápido, e todo o volume de sangue do corpo percorre os pulmões em um minuto. Dessa forma, as substâncias inaladas pelos pulmões espalham-se pelo organismo com uma velocidade quase igual a de substâncias introduzidas por uma injecção intravenosa.
4) O que causa a dependência do cigarro? A nicotina, que é encontrada em todos os derivados do tabaco (charuto, cachimbo, cigarro de palha, etc) é a droga que causa dependência. Esta substância é psicoactiva, isto é, produz a sensação de prazer, o que pode induzir ao abuso e à dependência. Por ter características complexas, a dependência à nicotina é incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde - CID 10ª revisão. Ao ser ingerida, produz alterações no Sistema Nervoso Central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool. Depois que a nicotina atinge o cérebro, entre 7 a 9 segundos, libera várias substâncias (neurotransmissores) que são responsáveis por estimular a sensação de prazer (núcleo accubens), explicando-se assim as boas sensações que o fumante tem ao fumar. Com a ingestão contínua da nicotina, o cérebro se adapta e passa a precisar de doses cada vez maiores para manter o mesmo nível de satisfação que tinha no início. Esse efeito é chamado de tolerância à droga. Com o passar do tempo, o fumante passa a ter necessidade de consumir cada vez mais cigarros. De tal forma que, a quantidade média de cigarros fumados na adolescência, nove por dia, na idade adulta passa a ser de 20 cigarros por dia. Com a dependência, cresce também o risco de se contrair doenças debilitantes, que podem levar à invalidez e à morte.
5) Por que as pessoas começam e continuam a fumar? Em decorrência da publicidade ser dirigida principalmente aos jovens e fornecer uma falsa imagem de que fumar está associado ao bom desempenho sexual e esportivo, ao sucesso, à beleza, à independência e à liberdade. A maioria dos fumantes torna-se dependente da nicotina antes dos 19 anos de idade. Conscientes de que a nicotina gera dependência, os fabricantes de cigarros gastam milhões de dólares em publicidade dirigidas aos jovens. Apesar da lei de restrição da propaganda de produtos derivados do tabaco, sancionada no Brasil em Dezembro de 2000, as falsas imagens continuam influindo fortemente no comportamento de jovens e adultos.
6) Quais são as doenças causadas pelo uso do cigarro? O tabagismo é directamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronária, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crónica e 25% das mortes por doença AVC. Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, número que não pára de aumentar.
7) Existem outras desvantagens em ser fumante? Os fumantes adoecem com uma frequência duas vezes maior que os não fumantes. Têm menor resistência física, menos fôlego e pior desempenho nos desportos e na vida sexual do que os não fumantes. Além disso envelhecem mais rapidamente e apresentam um aspecto físico menos atraente, pois ficam com os dentes amarelados, pele enrugada e impregnada pelo odor do fumo.
8) Quais são os riscos para a mulher grávida? A mulher grávida que fuma, além de correr o risco de abortar, tem uma maior chance de ter filho de baixo peso, menor tamanho e com defeitos congénitos. Os filhos de fumantes adoecem duas vezes mais do que os filhos de não fumantes.
9) E os não fumantes, como ficam nessa história? Basta manter um cigarro aceso para poluir um ambiente com as substâncias tóxicas da fumaça do cigarro. As pessoas passam 80% do seu tempo em ambientes fechados. Ao fim do dia, em um ambiente poluído, os não fumantes podem ter respirado o equivalente a 10 cigarros. Fumar em ambientes fechados prejudica as pessoas com quem o fumante convive: filhos, cônjuge, amigos e colegas de trabalho. Ao respirar a fumaça do cigarro, os não fumantes correm o risco de ter as mesmas doenças que o fumante.
10) Quais os danos ao meio ambiente?
Florestas inteiras são devastadas para alimentar os fornos à lenha que secam as folhas do fumo antes de serem industrializadas. Para cada 300 cigarros produzidos uma árvore é queimada. Portanto, o fumante de um maço de cigarros por dia sacrifica uma árvore a cada 15 dias. Para a obtenção de safras cada vez melhores, os plantadores de tabaco usam agrotóxicos em grande quantidade, causando danos à saúde dos agricultores e ao ecossistema. Além disso, filtros de cigarros atirados em lagos, rios, mares, florestas e jardins demoram 100 anos para se degradarem. Cerca de 25% de todos os incêndios são provocados por pontas de cigarros acesas, o que resulta em destruição e mortes.
11) A produção de fumo gera perdas para o país? Segundo o Banco Mundial, o consumo do fumo gera uma perda mundial de 200 bilhões de dólares por ano, representados por: sobrecarga do sistema de saúde com tratamento das doenças causadas pelo fumo; mortes precoces de cidadãos em idade produtiva; maior índice de aposentadoria precoce; faltas ao trabalho de 33 a 45% a mais; menor rendimento no trabalho; mais gastos com seguros; mais gastos com limpeza, manutenção de equipamentos e reposição de mobiliários; maiores perdas com incêndios; redução da qualidade de vida do fumante e de sua família.
12) O que é tabagismo passivo?É a inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. A poluição decorrente da fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada de Poluição Tabagística Ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a maior responsável pela poluição em ambientes fechados. Hoje estima-se que o tabagismo passivo seja a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo activo e ao consumo excessivo de álcool. Leia mais
13) Como o tabagismo passivo afecta a saúde?Os não fumantes que respiram a fumaça do tabaco têm um risco maior de desenvolver doenças relacionadas ao tabagismo. Quanto maior o tempo em que o não fumante fica exposto à poluição tabagística ambiental, maior a chance de adoecer. As crianças, por terem uma frequência respiratória mais elevada, são mais atingidas, sofrendo consequências drásticas sobre a sua saúde, incluindo bronquite e pneumonia, desenvolvimento e exacerbação da asma e infecções do ouvido médio.
14) Quais são os riscos para as crianças que convivem com fumantes em ambientes fechados ?As crianças, especialmente as mais novas, são muito prejudicadas quando expostas à poluição tabagística ambiental, o que ocorre frequentemente por culpa dos pais. Um estudo da OMS, envolvendo 700 milhões de crianças que vivem com fumantes em casa (cerca de metade das crianças do mundo), mostrou que essas crianças apresentaram um aumento de incidência de pneumonia, bronquite, exacerbação de asma, infecções do ouvido médio, além de uma maior probabilidade de desenvolvimento de doença cardiovascular na idade adulta. Nos casos em que a mãe é fumante, estima-se uma chance maior (70%) para infecções respiratórias e de ouvido médio do que nos casos em que a mãe não é fumante. Esta chance torna-se mais elevada (30%) se o pai é fumante, em crianças de até 1 ano de idade. A chance aumenta mais ainda (50%) caso haja mais de dois fumantes em casa, convivendo com essas crianças. (WHO, World Tobacco Day"s,2001).
15) A ventilação nos ambientes pode eliminar a poluição tabagística ambiental?Não. Embora uma boa ventilação possa ajudar a diminuir a irritação nos olhos, nariz e garganta causada pela fumaça, ela não elimina seus componentes tóxicos. Quando áreas de fumantes e de não fumantes compartilham o mesmo sistema de ventilação , a fumaça se dispersa por toda a área, pois circula através das tubulações de sistemas de refrigeração central. Dessa forma, opções defendidas pela indústria, tais como separação de áreas para fumantes e não fumantes em um mesmo ambiente com um mesmo sistema ventilaçaõ, ou mesmo o aumento da troca de ar através de um sistema especial de ventilação, não eliminam a exposição dos não fumantes. As áreas de fumantes (fumódromos) somente podem ajudar a proteger a saúde dos não fumantes quando são completamente isoladas, com sistema de ventilação separado, não permitindo que o ar poluído circule pelo prédio, e quando os funcionários não precisam passar através dessa área.
16) As imagens e frases de advertência nos maços de cigarros causam impacto? Espera-se que as novas advertências nos maços de cigarros reduzam a prevalência de fumantes e previnam a experimentação do produto, especialmente pelos jovens e crianças. Essa medida está inserida em um conjunto de estratégias de promoção da saúde que envolvem acções nos âmbitos educativo, legislativo e económico, todas elas com o objectivo de reduzir a exposição da população ao tabagismo. Além dessa informação, também constam nos maços de cigarros os teores de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono e o telefone do "Disque Pare de Fumar", um serviço de orientação à população para deixar de fumar.
17) Existem números e pesquisas que comprovem que as imagens nos maços diminuem o número de fumantes?Sim. As pesquisas feitas sobre esse tipo de imagens nos maços demonstram que elas funcionam. No Brasil, uma pesquisa realizada em Abril de 2002 pelo Instituto Data Folha, com 2.216 pessoas maiores de 18 anos em 126 municípios de todo país, revelou que:
• 70% dos entrevistados acreditam que as imagens são eficientes para evitar a iniciação ao tabagismo;
• 67% dos fumantes sentiram vontade de abandonar o fumo desde o início da veiculação das novas advertências;
• 54% mudaram de ideia sobre os malefícios causados no organismo e estão preocupados com a saúde.
Outra pesquisa, realizada pelo serviço Disque Pare de Fumar, do Ministério da Saúde, no período de Março a Dezembro de 2002 com 89.305 pessoas, revelou que 62,67% consideram as imagens um óptimo serviço prestado à comunidade. Além disso, durante as comemorações do dia 27 de Novembro de 2002 (Dia Nacional de Combate ao Câncer) foi realizada uma pesquisa piloto com 650 pessoas durante uma feira de saúde promovida no município do Rio de Janeiro. O estudo concluiu, dentre outros resultados, que 62% dos entrevistados consideram que as imagens de advertência estimulam as pessoas a deixar de fumar.
18) Qual o papel do Instituto Nacional de Câncer no controle do tabagismo?O Instituto Nacional de Câncer (INCA) é o órgão do Ministério da Saúde responsável pela coordenação da política de controle do câncer e doenças relacionadas ao tabagismo no Brasil. Com esse objectivo e através da Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV) o INCA desenvolve estratégias voltadas para socializar as informações sobre o câncer, suas possibilidades de prevenção e estimular mudanças de comportamento na população que, a médio e longo prazos, contribuam para a redução da incidência e mortalidade por câncer e doenças tabaco-relacionadas no país.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Carne vermelha agrava artrite reumatóide


O consumo diário de carne vermelha pode duplicar o risco de se sofrer de artrite reumatóide, segundo um estudo feito por investigadores da Universidade de Manchester.

O ferro ou o colagéneo existentes nas carnes de vaca e de borrego podem estar na base de problemas de reumatismo surgidos com maior frequência em pessoas que consomem com muita frequência aquele tipo de alimento. Um estudo em 25 mil indivíduos observados ao longo de vários anos indicou uma duplicação dos casos de artrite reumatóide entre os que tinham nos seus hábitos um maior consumo de carne vermelha, por comparação com aqueles que a incluiam na dieta apenas duas vezes por semana.

Por outro lado, os doentes com artrite reumatóide seguidos pelo estudo tinham tido, com maior frequência, hábitos tabágicos e, para agravar a situação, recorriam a alimentos pobres em vitamina C.

A equipa de investigadores verificou ainda que um consumo maior de proteínas, sejam elas vegetais ou animais, também aumenta o risco de desenvolver a doença. As gorduras, no entanto, parecem, neste caso, não contribuir para o problema.

A artrite reumatóide provoca a inflamação da membrana nas articulações, provocando nestas rigidez e inchaço. As investigações até agora realizadas têm atribuído a doença a perturbações no sistema imunitário, estando ainda por verificar quais são os factores decisivos para romper aquele equilíbrio. O estudo de Manchester faz, pela primeira vez, um levantamento alargado da relação entre os hábitos alimentares e a doença. Os factores ambientais têm vindo a ser cada vez mais tidos em conta na investigação deste tipo de reumatismo.

"As pessoas que não pensem que só por comerem alguns bifes numa semana irão desenvolver artrite reumatóide", comentou uma porta-voz da Campanha para a Pesquisa da Artrite, no Reino Unido. A questão centra-se na moderação do consumo de carne, havendo também que ter em conta a susceptibilidade genética para a doença, o uso do tabaco e uma dieta pobre em vitamina C, referiu a mesma responsável.